Ialorixás, evangélicas, trabalhadoras domésticas, mulheres lésbicas, entre outras, reforçaram os debates da Conferência de Políticas Públicas para Mulheres do Território Metropolitano de Salvador, encerrada na última terça-feira (25). Elas levantaram propostas nas áreas de saúde, educação, enfrentamento à violência, promoção da autonomia, raça, além de comunicação e cultura.
Organizado pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o evento foi marcado pela diversidade de propostas, antecedendo o debate estadual, marcado para novembro. Garantir qualidade de vida para mulheres baianas é uma das demandas em comum. “O país tem uma dívida social história com as mulheres, principalmente com as mulheres negras”, disse Antônia Garcia, do Centro da Mulher Baiana (CEM), fazendo referência aos índices de pobreza extrema, que atinge principalmente o segmento feminino.
“Agora possuímos uma secretaria específica, temos endereço para pautar políticas públicas”, disse Rafaela de Oliveira, representante do Movimento Estadual de Mulheres Lésbicas e Bissexuais (Lesb Bahia), ao destacar a recente criação da SPM, em maio deste ano.
A secretária Vera Lúcia Barbosa, titular da SPM, afirmou que a prioridade da pasta é ouvir as mulheres nas suas mais variadas opiniões, com objetivo de diminuir a desigualdade de gênero. “Cuidar das mulheres significa fazer política pública para a maioria da população”, frisou Barbosa.