segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Salvador recebe Semana da Nigéria


A abertura do evento, Elos Culturais Entre Nigéria e Brasil: Benefícios Para o Desenvolvimento Sócio-econômico das Duas Nações foi realizada no dia 05 de setembro, pela manhã, no Hotel Pestana, Rio Vermelho e teve atividades até a o feriado de 07 de setembro.

O encontro, que reuniu a sociedade civil, autoridades do Bahia, do Brasil e da Nigéria para discutir quais os caminhos para ampliar a relação cultural, econômica e social entre os dois países, começou com o cântico do hino nigeriano e brasileiro, ao som dos tambores do Projeto Tambores e Cores, que é dirigido por Antônio Carlos Souza (Mestre Pacote do Pelô). Na seqüência, em respeito ao povo de santo presente, Sivanilton Encarnação da Mata (Babá Pecê), da Casa de Oxumarê, foi convidado para fazer uma oração inicial.

“Dizemos que a África é a nossa mãe, e o fato é que a Nigéria representa essa diversidade que nós precisamos entender e conhecer mais. Esse evento é um tijolo na construção de algo relevante que é a relação do Brasil e Nigéria”, comentou Paulo Cordeiro, subsecretário do Ministério de Relações Exteriores, para assuntos entre África e Oriente Médio, que esteve representando a presidenta Dilma Rousseff, no evento.

Para o embaixador da Nigéria Vincent Amerib-Okun Okoedion, as experiências na área da educação, culinária e cultural podem servir como ponto de partida para troca de experiências entre os dois países,: “Professores da Nigéria podem vir ensinar a culinária, língua e dança, assim como os brasileiros podem ir para lá nos ensinar também”.

Denílson José, coordenador do Centro de Cultura e Idiomas Mário Gusmão, comentou que iniciativas como essas reaproximam os brasileiros de sua africanidade. “Estudamos durante muito tempo os eventos culturais da Europa, é possível que um indivíduo vá do pré-escolar até o doutorado sem nunca ter lido um autor africano. Essa reaproximação africana Brasil e Nigéria, vem ratificar a lei 10.639 e 11.645, na qual o Governo Brasileiro coloca como obrigatoriedade o ensino da História da África, isso é fundamental parar que agente conheça a história e o saber desses povos africanos”.