quinta-feira, 17 de maio de 2012

Prejuízo da seca na Bahia pode chegar a 40% da produção agropecuária

O impacto da seca na economia baiana devem provocar perdas na produção agropecuária que podem variar de 20% a 40%. O estudo, feito pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do Governo da Bahia, autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), projeta três cenários – otimista, moderado e pessimista – em função da estiagem que, até o momento, já é a pior dos últimos 50 anos.

O secretário do Planejamento, José Sérgio Gabrielli ressalta que, além da agropecuária, o comércio e os serviços das regiões afetadas pela seca também sofrem com a perda de circulação de renda. As estimativas são de que o valor econômico gerado por estes setores terão uma queda de 10% a 20% este ano, em relação ao ano passado. “Na ultima grande seca que tivemos, em 1982, os efeitos sobre a vida das pessoas foram muito mais dramáticos do que os de hoje. Estamos cada vez mais preparados para enfrentar esse fenômeno”, disse Gabrielli. “As atividades econômicas estão mais diversificadas e o governo implantou uma série de medidas para aumentar a renda diretamente na mão das famílias, independente do período de seca”, explica.

Soluções para o período
O secretário ressalta que é preciso criar estratégias para passar por este período sem muitos sacrifícios, a exemplo do que ocorre com os países que regularmente sofrem com seus invernos rigorosos. “Como ação estruturante e de longo prazo, é preciso avançar com o programa Água para Todos, que busca aumentar a oferta de água perfurando poços, construindo e ampliando barragens, cisternas e sistemas de abastecimento. Além dos investimentos emergenciais para dar acesso a água, existe um movimento que diversifica as atividades econômicas do semiárido e reforça as transferências de renda para as famílias, como o Bolsa Família, a Aposentadoria Rural e o Crédito para Agricultura Familiar, que permitem que os baianos enfrentem melhor o período crítico da estiagem”, completa.

O Banco do Nordeste disponibilizou R$1 bilhão em novas linhas de crédito para irrigar as economias das cidades afetadas de todo o Nordeste e parte de Minas Gerais e Espírito Santo. Já o Governo do Estado está acelerando os programas emergenciais, ao mesmo tempo em que desenvolve as ações estruturantes para preparar os municípios para lidar com esse período agora e no futuro.