A Bahia terá uma usina de álcool em Pilão Arcado, na região do Vale do São Francisco. O projeto prevê investimentos de R$ 4 bilhões, valor 45 vezes maior que o PIB da cidade – o último relatório do IBGE indica que o total de riquezas geradas pelo município foi de R$ 89 milhões em 2008.O protocolo para instalação da usina já foi assinado e o anúncio oficial deve ser feito nas próximas semanas. A construção da unidade será feita por um consórcio formado por três sócios, afirmou uma fonte ligada ao projeto. Participam do negócio uma empresa da Bahia, uma de São Paulo e outra do Rio de Janeiro. A Petrobras, por meio de sua subsidiária PBio, será um parceiro estratégico na usina.
A estatal deve fechar acordo para comprar toda produção da unidade, que deve superar todo o volume produzido pelo Rio de Janeiro por ano safra. Até agora, o Estado produziu 68,7 mil metros cúbicos de álcool na safra 2011/2012, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.
As negociações com a estatal estão em fase avançada, segundo uma pessoa próxima às empresas. Também não está descartada a participação da Petrobras como sócia no projeto, afirmou a fonte. Procurada pelo iG, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que a empresa não vai comentar o assunto.
José Sergio Gabrielli, presidente da estatal, disse em agosto que a companhia tem planos de ampliar sua participação societária em produtoras de etanol no Brasil. Também está sendo considerada a possibilidade de construir usinas próprias.
A meta é aumentar de 5,3% para 12% a participação da Petrobras na produção nacional de etanol até 2015. Para isso, a estatal planeja investir R$ 1,9 bilhão em etanol e R$ 1,3 bilhão na área de logística para o combustível.
Os planos da Petrobras no setor de etanol ganharam força após a união da multinacional Shell e da brasileira Cosan, que anunciaram em fevereiro a criação da Raízen. A empresa tem participação de 18,4% no mercado de etanol brasileiro. Informações da Tribuna da Bahia.