terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Canavieiras: Governo investe em políticas para o setor pesqueiro

Com o objetivo de Contribuir para otimização da cadeia produtiva do Caranguejo Uça na Reserva Extrativista Marinha de Canavieiras, litoral sul baiano, e resolver a problemática da precariedade da frota de embarcações pesqueiras para captura de pescados e mariscos no mar e nos estuários dos rios da região, serão implantados no município ainda este dois projetos, com recursos na ordem de R$ 1 mi.

Fruto da mobilização do Movimento dos Pescadores da Bahia junto ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o projeto estaleiro escola, que tem foco no aprendizado naval, desenvolverá os modelos e formas para a construção de embarcações, tanto para a pesca no mar quanto para a pesca nos estuários, rios e represas que serão, durante um período de incubação, construídas pelos treinandos e que, após concluídas, serão doadas para uso comunitário, onde as marisqueiras e pescadores, através de suas associações ou colônias, iriam adquirir e fazer uso de modo coletivo.

Já o projeto de otimização da cadeia produtiva do caranguejo, que faz parte da política de ordenamento do MPA para todas as áreas de estuários do Brasil que produzem o crustáceo, visa inserir os catadores na sociedade de forma atuante, contribuindo para a comercialização dos recursos pesqueiros, além de desenvolver ações de capacitação e reduzir a mortalidade do caranguejo durante o transporte para comercialização.

“Para nós que vivemos a infância e juventude em Canavieiras observando uma categoria de trabalhadores da pesca totalmente abandonados pelas políticas públicas, este projeto vem resgatar e inserir no processo econômico produtivo inúmeras famílias que tem na extração do caranguejo a principal fonte de renda. Também com recursos do MPA, a instalação do estaleiro, além de profissionalizar uma parcela significativa dos jovens filhos de pescadores, propiciará a reprodução cultural da pesca artesanal, com seus saberes próprios e uma forte vocação para a pesca sustentável”, avalia o coordenador geral de planejamento e ordenamento da pesca artesanal continental do MPA e filho da terra, José Leal.