terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Doação de órgãos cresce 21% na Bahia

A Bahia teve um aumento de 21,05% no número de transplantes de órgãos em 2011, de acordo com a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO). Foram 69 doações no último ano, contra 57 no ano anterior, um crescimento superior à média nacional, que foi de 10%. As doações, entretanto, esbarram na negativa familiar. Segundo o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Eraldo Moura, cerca de 50% das famílias de potenciais doadores não autorizam a doação.

Os dados de 2011 mostram que o investimento feito pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) na área de transplantes apresenta resultados. Entre as melhorias do último ano, Moura destaca a reativação do programa de transplante renal de Itabuna, onde foram realizados, em dezembro, dois transplantes, na Santa Casa de Misericórdia, marcando a retomada do programa, depois de seis anos sem serem feitos esses procedimentos.

Outro importante avanço registrado no programa de transplante, segundo Eraldo Moura, foi a implantação da Organização de Procura de Órgãos (OPOs), organismos com papel de coordenação regional, responsáveis por organizar e apoiar, no âmbito de sua área de atuação, o processo de doação/transplantes. Já foram implantadas as OPOs dos hospitais Ernesto Simões Filho, Geral do Estado e Geral Roberto Santos, as de Itabuna/Ilhéus (Hospital de Base), Feira de Santana (Clériston Andrade), e Vitória da Conquista (Hospital de Vitória da Conquista), e está em fase de implantação a do Extremo Sul, em Porto Seguro.

A ampliação do número de vagas para estágio na área de doação/captação e transplante de órgãos, passando de 14 para 35, é outra conquista citada por Eraldo Moura. "Com essa expansão do número de vagas, através de parceria com escolas de medicina do interior do estado, todas as faculdades de medicina do estado estão contempladas com o estágio", pontua o médico.

Entre as metas para 2012, o coordenador do Sistema Estadual de Transplante aponta a implantação do programa de transplante cardíaco e pulmonar no Hospital Ana Néri, do programa de transplante hepático pediátrico e de serviços de transplante renal no Hospital Geral Roberto Santos e em Vitória da Conquista, Feira de Santana e Juazeiro - nesse último município está apenas sendo aguardada autorização do Ministério da Saúde. "Pretendemos também zerar a fila de espera para transplante de córnea", diz Eraldo Moura. (Bahia Todo Dia)