quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Afro XXI discute em Salvador a realidade da população negra

Para refletir sobre a realidade da população negra nos países da América Latina e do Caribe, além de propor novas ações que assegurem os direitos dos povos afetados pelo racismo, será realizado de amanhã (17) a sábado (19), no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, o Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI).

Com o objetivo de avaliar e apresentar propostas que serão encaminhadas aos governantes de cada país, membros do Fórum Internacional da Sociedade Civil, composto por representantes de entidades dos países participantes, se reuniram na manhã desta quarta-feira (16) no Centro de Convenções. O secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, participou da reunião.

“Um fórum dessa natureza vem para melhor qualificar as nossas políticas, pois daqui é que serão emanadas todas as questões que possam colaborar na mudança de rumos, aprofundar em determinados temas e esclarecer o que está sendo feito até então”, afirmou o secretário.

Entre as ações afirmativas registradas após dez anos da realização da Conferência das Nações Contra o Racismo, em Durban, na África do Sul, Valdice Gomes, membro do fórum, destacou o Estatuto da Igualdade Racial e a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), do governo federal.

Líderes da sociedade civil e de governo, além de parlamentares de países ibero-americanos, participam do Afro XXI. São aguardados 12 chefes de Estado, entre eles, a presidente Dilma Rousseff.

Segundo a titular da Seppir, ministra Luiza Bairros, o Afro XXI tem caráter de reflexão, de balanço, de celebração de avanços, mas principalmente de perspectivas.

O encontro é uma parceria da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib) com o governo brasileiro, através da Seppir e do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Também fazem parte o governo da Bahia, representado pelas secretarias de Promoção da Igualdade Racial, de Cultura (Secult) e de Relações Internacionais (Serinter), além da Organização das Nações Unidas (ONU), da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).